terça-feira, junho 08, 2010

Presa no grito dos meus sentimentos, necessito esconder a paixão há pouco cravada em meu peito. Não quero te assustar, meu bem. Mas sei que é isso que tu sentes também.
Como a jovem que, devido ao amor, nos sonhos vive, a mercê de que o mar faça seu destino eque o vento a carregue, encontro-me nas fantasias do querer, na certeza de que agora encontrei meu oceano e o sopro da minha vida.

segunda-feira, junho 07, 2010

Se as coisas estão dando certo, não divulgue seu sucesso por aí. Grite baixinho no seu íntimo, deixe as emoções implodirem em seu corpo, até que os acontecimentos alcancem o ápice da certeza. Tudo isso é a pitada que faz do cotidiano o mais delicioso prato do contentamento!

domingo, maio 30, 2010

O fim

Desta vez ela levantou sem sal. Olhou pela janela, a mesma lua de antes: fria e sem cor, como o vento que batia gelado em seus cobertores.
Mas que vontade teve de recolocar a cabeça na pedra que se dizia travesseiro, e esperar que mares jorrassem de suas ervilhas miúdas. O fez.
Dos grãos restaram apenas pupilas sem brilho, o mar, no primeiro instante infinito, agora fora engolido pela boca do cansaço. Seus barquinhos construídos pelas madeiras da ilusão não podiam mais navegar nas águas da decepção. O fim.
- Durma moça. Deixe as ervilhas brotarem com o doce orvalho da noite! - Falou o último suspiro.

terça-feira, maio 25, 2010

se amora de alguém eu fosse
mais ricamente a rima
de meu verso seria doce
*-*

segunda-feira, maio 24, 2010

nunca a bela mulher
o cabelo em seda
a pele em pétala
o cheiro em flor

jamais a arte no rosto
o colorido das máscaras
a vida dos tons

somente a árvore seca
os galhos desfolhados
estaca no chão
Não tenho uma banda favorita,
muito menos um livro de cabeceira.
Minha vida é pacata
sem eira nem beira

Seriados não assisto
Viagens não faço
Amores.
Ah, amores,
nem tenho visto.

Dormir, dormir
Acordar, levantar.
Maquinista do trem
Sem valor pra ninguém.